quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Professor

No passado o Professor era olhado como aquele que sabe, e o único meio de transmissão do saber. Hoje, e principalmente com o uso das novas tecnologias, o professor tem vindo a perder o papel de, o único que sabe e transmite, mas mais o papel do que faz uso do conhecimento que tem para direccionar, orientar, no entanto deixou de ser o único a passar a informação. Com as novas tecnologias vejo o papel do professor como alguém que cresceu na forma de transmitir conhecimento, uma vez que esse deixou de ser o seu papel principal. O Professor reiventou-se, recriou-se como aquele que ensina o aluno a ir além da informação que tem disponível através das novas tecnologias, que leva o aluno a saber interpretá-las, criticá-las, que o leva a repensar conceitos, etc. E aqui acho que está o sucesso deste tipo de ensino à distãncia, não porque lida com alunos autonomos, mas porque tem professores dialogantes.
Encontrei num site sobre Educação à distãncia 6 items que acho fundamentais para que um programa de EaD seja bem sucedido, e passo a transcrever:
  1. Apresentação
  2. Apoio à motivação do aluno
  3. Estímulo à análise e à critica
  4. Aconselhamento e assistência
  5. Organização de pratica, aplicação, testagem e avaliação
  6. Organização para a construção do conhecimento por parte do aluno

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Distância Transaccional

Falar de distância transaccional, é falar de autonomia e estrutura, autonomia por parte do aluno, da sua independência, suporte e poder. Estrutura por parte do curso, seus objectivos, frequência e proximidade de comunicação. Vários estudos tem sido feitos sobre esta relação de autonomia/estrutura, uma delas a teoria criada por Moore e que diz o seguinte:
"A teoria da distância Transaccional serviu como ferramenta que pode ser usada para descrever cursos de educação à distância e programas para localizar alguém em realação a outro, no universo desses eventos. Ao mesmo tempo fornece um enquadramento em que investigadores podem localizar numerosas variáveis de estrutura, diálogo, e autonomia dos alunos, e depois colocar questões sobre as relações entre essas variáveis." (Moore & Kearsley, 1996, p. 211)
Concordo com Harasim quando diz que falta a fluidez na continuação de discussão, ou seja, a comunicação mais comum vista neste tipo de ensino à distância não vai além da clarificação de ideias ou clarificação de dúvidas. É certo que neste tipo de ensino tem sido mais difícil perceber e estudar de que forma é possível levar os alunos a ir além da simples comunicação de diálogo informal e discussão de consolidação de ideias. É importante que se abra diálogo à construção de conhecimento, à colocação de sínteses que requerem propostas e conhecimentos que levem a uma nova construção de ideias e aplicações.
Não acho que seja impossível de se alcançar tal nível de comunicação entre alunos/alunos e alunos/professor, no entanto, por parte do aluno é certo que requer uma maior predisposição para esse tipo de diálogo e certamente que um outro tipo de conteúdos que percebam essa via de pensamento ou raciocínio. Quando os conteúdos não tiram conclusões de outros autores, mas apenas ideias que levam ao diálogo construtivo e até de construção de novos conceitos, creio que já é um caminhar para uma distância transaccional pequena com elevado diálogo, tal como observou Moore. E não é preciso muito mais, na minha opinião, ao nível de estrutura ou uso de outros meios tecnológicos, apesar de não haver contacto fisíco, esta falta torna-se diminuta quando temos um professor que mostra interesse e presença constante, que interage de forma dinâmica, que mostra preocupação e de certa forma em seu diálogo sentimentos motivadores, positivos para com os alunos, criando sempre entre eles discussões com objectivo, com dinâmica.

domingo, 16 de novembro de 2008

Considerações sobre comunidade online


Segundo Vygotsky, a inteligência humana origina-se de em nossa sociedade ou cultura, e o ganho individual cognitivo ocorre primeiramente através de processos de aprendizagem inter-pessoais (interação com o ambiente social) do que intra-pessoal (internalização). Neste sentido Filho [8], explica melhor o que vem a ser construtivismo social ou sócio-construtivismo, aplicado no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle:
"...O Construtivismo Social tem como fundamento teórico a visão da aprendizagem como processo dinâmico. A aprendizagem é vista como uma atividade de elaboração conceitual em um ambiente caracterizado pela interação social. O Construtivismo Social é uma epistemologia, ou modo de saber, em que o novo conhecimento é construído através da colaboração recíproca, especialmente em um contexto de intercâmbio de experiências pessoais... Um elemento central para a colaboração recíproca é o desenvolvimento de competências de comunicação, ou seja, a habilidade de participar nas discussões com colegas e tutores em modo construtivo. As discussões devem ser orientadas à compreensão mútua e a atividades de reflexão crítica..."

wiki.sintectus.com/pub/EaD/AvaliacaoComoMotiv...

sábado, 15 de novembro de 2008

Online e a comunidade


Olá a todos, após muitas leituras, dentro do tema EaD e todos os conceitos a ela ligados, sinto-me como o adulto que ao contrário do que é esperado para este tipo de cursos, e tal como frisou Moran, que EaD é mais para adultos com maturidade e experiência, não sinto maturidade e apetência suficiente para entrar neste tipo de construções e abordagens. Daí me sentir como um adulto/aluno preguiçoso, e com falta de motivação para este tipo de construções.
Reconheço que este tipo de actividades são uma mais valia, e delas tiro sempre novos conhecimentos e novas formas de aprender, mas o simples facto de ter como principal instrumento de trabalho o PC, e depois ser levada a continuar ao fim da tarde sentada enfrente ao mesmo, só por si, não me ajuda a encontrar motivação!

Este é um processo de aprendizagem solitário? Nem por isso, mas ainda assim depende de mim torná-lo mais interactivo, depende da minha participação.
Tenho vindo a perceber, que neste tipo de aprendizagem, criam-se amizades, criam-se grupos de trabalho, de inter-ajuda, de clarificação de conceitos, na verdade existe uma grande diversidade de meios e conteúdos com os quais se pode trabalhar em conjunto.
Com o uso das novas tecnologias, novas formas de interacção e actividade social estão surgindo, o uso das novas tecnologias tem levado a perceber, que estas não devem ser usadas apenas para apresentar materiais e conteúdos, mas que o seu uso deve ser mais abrangente, deve ir muito além disso, criando ligações entre os alunos, de forma a que estes criem comunidades de aprendizagem e ensino enriquecedoras, flexiveís e dinâmicas, onde se reflecte e melhora conceitos e assim se aperfeiçoam e melhoram conhecimentos num ambiente contínuo de aprendizagem, por outro lado se assim não for, os meios tecnológicos ao dispor serão desperdiçados.